O site ComingSoon colocou ontem à disposição dos seus leitores um vídeo exclusivo com excertos dos documentários presentes na nova edição em dvd da trilogia O Senhor dos Anéis, vídeo esse que pode ser vistoaqui.
Relembro que para esta Limited Edition cada filme (vendido separadamente) vai ser lançado numa caixa com dois discos. O primeiro contém o filme, que pode ser visto nas duas versões, a de cinema ou a versão completa.
Os segundos discos contêm um documentário nunca antes visto, sobre a produção do filme, num total de 300 minutos divididos pelas três edições.
O lançamento é hoje, nos Estados Unidos. Não há ainda lançamento previsto para Portugal.
Entretanto já se sabem as datas de lançamento para dois dos maiores blockbusters deste verão. Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto será lançado dia 5 de Dezembro nos Estados Unidos, devendo sair por cá ainda a tempo do Natal. Mais cedo chegará ás lojas X-men 3: Confronto Final, que estará à venda em Inglaterra dia 2 de Outubro, devendo chegara Portugal pela mesma altura.
A partir de Setembro vai começar a ser publicado o jornal Sol, com o grande objectivo de fazer concorrência ao jornal Expresso. Provavelmente para tentar manter a maioria dos seus fiés leitores, o Expresso irá lançar durante os meses de Setembro e Outubro oito filmes em dvd, gratuitamente (ou de borla, como preferirem).
A lista de títulos será a seguinte:
Lost in Translation - O Amor é um Lugar Estranho: 9 de Setembro Traffic - Ninguém Sai Ileso: 16 de Setembro As Horas: 23 de Setembro O Piano: 30 de Setembro Chocolate: 7 de Outubro Os Condenados de Shawshank: 14 de Outubro Chicago: 21 de Outubro Rapariga com Brinco de Pérola: 28 de Outubro
Esta é uma excelente selecção de filmes, sendo que Chicago e Chocolate serão os menos concensuais. No entanto Os Condenados de Shawshank é uma obra prima, e um filme imperdível, para quem ainda não tem.
Não sei se os discos terão extras, mas parece-me improvável.
O jornal Expresso sai aos Sábados, com o preço de 3€.
A trilogia O Senhor dos Anéis encontra-se agora em promoção na Fnac. As edições especiais de 4 discos estão à venda num pacte de "apenas" 45 euros. Nada mau tendo em conta que isso foi o valor que eu paguei por cada um dos filmes.
A Descida é a história de um grupo de mulheres, amigas e companheiras de aventuras há já vários anos, que se juntam para a exploração de uma caverna. O passeio acaba, no entanto, por não ser o que elas esperavam, quando a entrada da caverna é bloqueada por uma derrocada. Não só têm de encontrar uma saída como percebem que não estão sozinhas.
O terror é, porventura, o mais mal amado dos géneros cinematográficos. Eu pessoalmente gostei de muito poucos filmes do género até hoje. A verdade é que o facto de haver anualmente dezenas de maus filme de terror afasta muitas pessoas deste tipo de filmes. Ideias como as do intragável Hide and Seek, para citar um exemplo recente, são repetidas até à exaustão, e pior, são quase sempre mal executadas. Isto leva a que pérolas como A Descida, por só aparecerem raramente, sejam ignoradas por muitas pessoas, que só por lerem uma sinópe como a acima ficam imediatamente de pé atrás.
Felizmente Neil Marshall, o realizador deste filme conseguiu fazer um filme de terror como já não se via há muitos anos. Foram vários os críticos a dizer que este é o melhor filme de terror desde Alien, e eu não posso deixar de concordar. Aliás o clássico de Ridley Scott foi uma referência assumida de Marshall para este filme. Muitos filmes de terror tentam assustar através de uma montagem frenética ou de um súbito aumento do volume da banda sonora. Em A Descida não há nada disso, o relizador é exemplar a manter a tensão ao longo de todo o filme, para o que contribui a sensação de claustrófobia pelos espaços apertados e a incerteza da escuridão da caverna.
Claro que para que haja essa tensão ao longo do filme têm de existir personagens credíveis, e nesse aspecto o argumento cumpre a sua tarefa. Embora não se perca demasiado tempo com conversas supérfluas entre as seis amigas todas são suficientemente bem desenvolvidas, principalmente quando as coiasas começam a correr mal.
Aliás é aqui que está um dos grandes trunfos do filme, as personagens não têm apenas de se salvar dos habitantes da caverna, têm também de lidar consigo próprias e umas com as outras, com os seus medos. Numa situação como esta o mais interessante é ver a descida das personagens ao seu lado mais negro e sombrio, à medida que o mais importante passa a ser a própria sobrevivência.
Se a escuridão torna o filme mais assustador tem também a desvantagem de por vezes, num ou outro momento mais confuso, tornar complicado perceber quem é esta ou aquela personagem. Nada no entanto que prejudique o decorrer da narrativa. A Descida é um excelente filme que deverá agradar não só aos mais fanáticos do cinema de terror como aos amantes de cinema em geral.
Os Extras:
Além dos quase obrigatório trailer, a edição de A Descida contém como principal extra um documentário de cerca de 40 minutos. Consistindo essencialmente em entrevistas e imagens de bastidores é um documento interessante sobre a produção do filme, o trabalho das actrizes e as ideias do realizador.
A acompanhar o documentário existem aindaalgumas cenas ampliadas, sem grande interesse, bloopers e storyboards.