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Crítica: X-Men 3 - O Confronto Final


O Filme:

Dificilmente terá havido, desde Aliens 3, um grande blockbuster com uma produção mais atribulada que o terceiro filme da saga X-Men.

O realizador originalmente escolhido, Matthew Vaughn (que tinha realizado o excelente Layer Cake), abandonou a produção logo após o início das filmagens.  O tempo de escrita do argumento e as fazes de pré e pós produção foram reduzidas ao minimo indispensável, só para que X-Men 3 estreasse nos cinemas antes do Superman de Brian Singer (que havia realizado os dois primeiros filmes).

Por tudo isto parece-me bastante injusto que grande parte das críticas ao filme recaiam sobre o realizador  Brett Ratner. Afinal ele terá sido o menos culpado, já que foi contratado à última hora, para filmar um argumento escrito à pressa (e muito criticado por todos os que já o tinham lido), e dispôs de muito pouco tempo para concretizar um projecto destas dimensões.

Por tudo isto as minhas expectativas quanto a este filme não eram as melhores, mas apesar de o resultado final estar muito longe da perfeição, X-Men: O Confronto Final acabou por ser um agradável entretenimento.

Existem excelentes cenas de acção ao longo do filme, o que juntamente com a sua curta duração (104 min) impede que o filme esteja alguma vez perto de se tornar aborrecido.

Uma mais valia são também as excelentes interpretações de Patrick Stewart e principalmente Ian McKellen, que por piores que sejam os seus diálogos não deixa de lhes conferir uma importância e grandiosidade que estes muitas vezes não têm.

Mas o pior deste filme é mesmo a frustração de ter um argumento cheio de excelentes ideias, que não são desenvolvidas da melhor forma ou acabam por não levar a lado nenhum.

Estranhamente, ao mesmo tempo que foram introduzidas imensas personagens novas, este foi o mais curto filme da trilogia. Assim, há pouco tempo para desenvolver todas as personagens e histórias paralelas. A ideia da cura é excelente, e dá uma nova dimensão ao confito entre humanos e mutantes, mas o que fica é a frustração de perceber que, com mais algum desenvolvimento, este filme poderia facilmente ter sido o melhor da saga. Outra consequência deste facto é que  alguns dos surpreendentes destinos reservados a personagens principais acabam por não ter o impacto que deveriam ter tido.

No final, e apesar dos defeitos do filme, quem vir X-Men 3 apenas à espera de um bom entretenimento não deverá ficar desiludido, embora talvez fique com a sensação de que com mais uns meses de desenvolvimento poderia ter sido bem melhor.

Resta-me dizer que depois do créditos finais do filme, há uma pequena cena que revela o destino final de uma das personagens mais importantes .

Os Extras:



No primeiro disco, a acompanhar o filme, encontram-se dois comentários e várias cenas cortadas. Na maior parte dos casos estas cenas acabam por não ter grande interesse, mas algumas são bastante interessantes, que poderiam até ter feito parte da versão final.

No segundo disco temos temos um Diário de Produção do Realizador Brett Ratner, em que o realizador não se cansa de elogiar a qualidade dos seus actores e a beleza das actrizes... nada de particularmete interessante.

Há depois um Documentário sobre a evolução da Trilogia X-Men, que é basicamente um conjunto de material promocional dos dois filmes anteriores da saga.

Existem ainda nesta edição, três featurettes, incluindo o making off da cena na Golden Gate Bridge e oito vignettes sbre efeitos especiais, treino de vôo...

No conjunto, este é um daquelas casos em que a quantidade foi valorizada sobre a qualidade. A maior parte dos extras consiste naqueles documentários promocionais, que podemos ver em programas de televisão como o 35 mm. Claro que no meio de tudo isto existem alguns momentos interessantes, mas nada que valha a pena rever.

Links: imdb, trailer